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30 de março de 2016

A Bruxa de Ferro

۞ ADM Sleipnir


A Bruxa de Ferro é uma conhecida lenda urbana brasileira, que fala sobre uma mulher que passou a assombrar um orfanato após a morte. Como a maioria das lendas urbanas, ela possui várias versões. Uma delas conta que no final da década de 50, havia em uma pequena cidade um hospital onde eram tratadas crianças com problemas nos ossos, e com elas trabalhava uma estranha enfermeira. Essa enfermeira era especialmente apegada a uma dessas crianças, cuja a saúde já não ia muito bem, estando ligada a aparelhos, e alguns deles sustentavam o peso de suas pernas e braços. Um dia, não suportando mais ver o estado em que aquela criança se encontrava, a enfermeira decidiu dar um fim ao sofrimento da mesma. Ela desligou os aparelhos que a mantinham viva e em seguida colocou em seus próprios braços e pernas os extensores que a criança usava. 

Após o feito, a enfermeira se suicidou se jogando dentro de um poço que ficava nos fundos do hospital. Algum tempo depois do incidente, o hospital foi fechado, e em seu lugar foi construído um orfanato. Desde o dia de sua inauguração, as crianças que lá viviam começaram a relatar estranhos acontecimentos, como sussurros e um barulho que parecia ser algo de ferro se arrastando pelo chão, porém ninguém lhes dava importância, crendo se tratar somente da imaginação delas. 

O orfanato acabou fechando também, porém algumas crianças ainda permaneceram morando lá enquanto aguardavam para serem transferidas para outro orfanato. Durante este período, essas crianças ouviam barulhos metálicos e viam o vulto de uma mulher horrível caminhando pelo corredor da ala em que estavam. Um dia, uma das crianças quebrou a perna, e deu gritos terríveis dizendo que a bruxa de ferro tinha lhe atacado, mas os adultos não acreditaram nela, e, imaginando que a criança havia caído da escada, deram o caso por encerrado. Em outra ocasião, uma das crianças entrou gritando no quarto acordando todas as crianças, que por sua vez saíram correndo pelos corredores do orfanato. Algumas delas disseram ter ficado frente a frente com uma mulher horrível, toda deformada e com ferragens pelo corpo. Disseram ainda que a mulher apontou para elas dizendo que sugaria suas almas e depois as mataria. As crianças saíram gritando pelo corredor, até que encontraram com o zelador, que por sua vez também viu a estranha mulher.

No fim, quase todos conseguiram sair de dentro do orfanato, com exceção de uma criança, a qual ninguém teve coragem de entrar novamente para procurá-la. Todos passaram a noite fora do prédio e na manhã seguinte foram procurar a criança que havia sumido e para desespero de todos ela foi encontrada morta e com todo seu corpo retorcido, agarrada ao seu ursinho. Desse dia em diante, dizem que o fantasma dessa mulher segue assombrando os orfanatos e quebrando os ossos das crianças para tentar colocar as ferragens em seus corpos.

Outra versão da lenda se passa no Brasil dos tempos da escravatura. Havia uma família riquíssima, possuidora de muitos bens, porém o mais valioso deles era um enorme diamante de riqueza incalculável. O dono da casa era bastante cuidadoso com ele, geralmente mantendo-o consigo, porém um dia ele o esqueceu em cima de uma mesa, e sua única filha, atraída pelo brilho do diamante, o pegou. Ao retornar ao local e não encontrar o diamante, o homem perguntou a sua filha sobre o mesmo, e esta, com medo de ser castigada pelo pai, acusou uma das escravas da família. No mesmo instante, o dono da casa acorrentou a escrava e a prendeu dentro de um armário, de onde ela nunca mais saiu. Muitos anos se passaram e a casa foi vendida para a construção de um orfanato e então, passaram a ocorrer os mesmos fenômenos descritos na versão anterior.


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28 de março de 2016

Laverna

۞ ADM Sleipnir


Laverna (ou Lativerna) é a deusa dos ladrões e trapaceiros na mitologia romana. Seu nome é dito derivar tanto do latim latere ( "espreitar"), levare ( "para aliviar, diminuir ou clarear") ou levator ( "um ladrão"). Embora histórias sobre ela sejam escassas (uma vez que seus adoradores não necessariamente ostentavam sua devoção), ela é mencionada nas obras de Plauto e Horácio.

Laverna possuía um santuário próprio em Roma, localizado nas proximidades da Porta Lavernalis (Portão Lavernal), e também tinha um bosque sagrado na Via Salária, uma antiga e famosa estrada que ia de Roma até o Mar Adriático. Vários trechos desagradáveis ​​da rodovia e bosques urbanos perigosos em toda a Itália também eram sagrados para Laverna. 

Especula-se que Laverna tenha se originado de uma antiga deusa ctônica dos etruscos, Furina. Furina tinha um festival anual chamado de Furrinalia, seu próprio sacerdote, e um bosque ou santuário no Janiculum, o cume ao longo da margem oeste do rio Tibre, em frente ao Monte Aventino. Ela foi, por vezes confundida as Fúrias, devido à semelhança de seu nome. A partir da mesma raiz de furina (que significa "ladrão") vem a palavra "furtiva".





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25 de março de 2016

Dodomeki

۞ ADM Sleipnir


Dodomeki (どどめき ou 百々目鬼, "demônio de cem olhos" ou "demônio de muitos olhos") é um yokai do folclore japonês, sendo retratado pela primeira vez no Konjaku Gazuzoku Hyakki (japonês 今昔画図続百鬼, "Os Cem Demônios Ilustrados do Presente e do Passado") de Toriyama Seiken, o 2º livro de sua tetralogia. Ele é descrito como o espírito amaldiçoado de uma mulher que ganhava a vida praticando furtos. Após a sua conversão em yokai, ela ganha braços mais longos e tem seu corpo coberto por inúmeros olhos de pássaros. 

Esses olhos de pássaro fazem referência à um dōsen, uma moeda de cobre com um buraco no meio que é comumente conhecida como chōmoku (olho de pássaro). Algumas histórias dizem que somente seus braços e mãos possuem esses olhos, e que ao tocar pessoas com eles, todo o seu dinheiro é sugado para dentro de sua pele, dando origem a novos olhos

Arte de Kumangy

Uma lenda presente na prefeitura de Tochigi fala sobre uma Dodomeki em particular que, durante os dias de Fujiwara no Hidesato, causou problemas na região. Esse Dodomeki tinha mais de três metros de altura, cabelos pontiagudos e espetados e o corpo coberto de olhos brilhantes. Ao confrontá-la, Hidesato mirou cuidadosamente uma flecha no globo ocular mais brilhante e atirou. A flecha atingiu seu alvo e a Dodomeki rugiu de dor, fugindo para a floresta até que finalmente desabou no sopé do Monte Myōjin. 

Embora muito ferida, a Dodomeki ainda tinha poder sobrando. De seu corpo caído irrompeu uma torrente de chamas, e de sua boca, vapores terrivelmente venenosos foram expelidos. O ar tóxico e o calor intenso foram demais para Fujiwara no Hidesato, que teve que desistir e voltar para seu palácio. Quando Hidesato voltou no dia seguinte, o chão estava enegrecido e queimado em uma grande área, e a Dodomeki havia desaparecido.

400 anos depois, durante o período Muromachi, a Dodomeki finalmente reapareceu. Nesse tempo, uma aldeia havia surgido na encosta norte do Monte Myōjin e coisas estranhas começaram a acontecer nela. O sacerdote principal da aldeia estava sofrendo ferimentos misteriosos, e incêndios inexplicáveis ​​começaram a ocorrer em seu templo. Um novo sacerdote principal, o virtuoso onmyoji Chitoku Hoshi, foi chamado para descobrir qual era a causa dos estranhos problemas.


Chitoku notou que uma jovem mulher parava no templo com frequência sempre que ele pregava seus sermões e a reconheceu como sendo a Dodomeki disfarçada. Após sua batalha contra Hidesato, ela se escondeu em uma caverna próxima para se recuperar. Assumindo a forma de uma jovem mulher, ela visitava o local onde ocorreu a batalha para absorver de volta toda a fumaça tóxica que ele havia exalado e para colher todo o sangue que ela havia derramado. O templo da aldeia foi construído no topo do local da batalha, e a Dodomeki causava infortúnios ao sacerdote para afugentá-lo.

Um dia, Chitoku confrontou a jovem, e ela finalmente revelou sua verdadeira forma. No entanto, ela não o atacou. Enquanto frequentava o templo, ela ouviu os poderosos sermões de Chitoku, e eles a tocaram. A Dodomeki prometeu que nunca mais cometeria nenhum ato de maldade. Desde então, a área ao redor do Monte Myōjin passou a ser conhecida como Dodomeki.

Arte de Asfodelo


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23 de março de 2016

Lieaibolmmai

۞ ADM Sleipnir


Lieaibolmmai (também Leibolmai ou Leib-Olmai, "homem amieiro") era um deus da caça cultuado pelos xamãs do povo Sami. Ele era o governante dos animais selvagens nas florestas, e em sua honra, caçadores prestavam sacrifícios para obter uma boa caçada.

Lieaibolmmai vive em árvores de amieiro, e costuma aparecer aos seres humanos sob a forma de um urso. Durante os festivais dedicados a ele, os caçadores polvilhavam seus rostos com uma mistura de casca de amieiro e água para homenageá-lo.

Arte de Johnathan Tan
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21 de março de 2016

Illapa

۞ ADM Sleipnir


Illapa ("relâmpago" em quechúa, também conhecido como Ilyap'a ,Apu-Illapu, Ilyapa, Iyapa, Katoylla) é o deus inca que controla os fenômenos meteorológicos (raios, chuvas e tempestades). Ele é muitas vezes confundido ou fundido com o deus do relâmpago Catequil/Apocatequil. Illapa costuma ser representado como um homem vestindo roupas brilhantes ou como um homem empunhando um clube e pedras. 

Os incas acreditavam que a Via Láctea era um rio do qual Illapa tirava a água para fazer chover. De acordo com o mito, ele enchia um jarro com a água da Via Láctea e o entregava à sua irmã para que ela o guardasse. Em alguns contos, a Via Láctea é a irmã de Illapa. Os trovões eram o som que sua funda reproduzia ao atirar o raio para quebrar os jarros de água. O movimento de suas roupas brilhantes eram os relâmpagos. 

Os fenômenos climáticos eram todos interpretados pelos incas como sinais de sua vontade. Se a chuva caía sobre uma cidade antes de cair em outro lugar, era porque aquela cidade era considerada abençoada. Se um objeto para reter a água da chuva fosse encontrado - como uma pedra ou um pedaço de metal - era considerado especialmente abençoado pelo deus e poderia ser adorado como uma representação do mesmo. 


Quando irritado, Illapa causava catástrofes, como a escassez de água, inundações e geadas. Quando isso acontecia, os sacerdotes liam seus augúrios para determinar que tipo de sacrifício (geralmente animais), o deus exigia. Os sacerdotes, então, iam para as montanhas e realizavam o sacrifício antes de retornarem ao povo com a interpretação da resposta do deus. Eles geralmente amarravam cães pretos ou lhamas em locais sem água ou comida, na esperança que seus lamentos fariam Illapa se entristecer e enviar chuva. 

Sacerdócio, Templos e Adoração à Illapa

Os incas tinham muitos sacerdotes, e os de Illapa eram selecionados de uma maneira especial: qualquer menino nascido durante um temporal era considerado especial e selecionado para ser sacerdote do deus. Quando esse menino, conhecido por sua família e amigos como um "Filho do Trovão", já estava velho o suficiente para não ter que trabalhar, ele se juntava ao sacerdócio. Esta era uma prática comum: a maioria dos sacerdotes incas eram homens mais velhos, que não podiam mais realizar trabalhos manuais. 

Haviam ídolos dedicados a Illapa em Cuzco. Ele tinha seu próprio templo na cidade e ídolos no templo do sol. Havia também um ídolo de ouro e uma pequena manjedoura de ouro onde ele era transportado durante as cerimônias. Haviam sacerdotes e atendentes que veneravam os ídolos e os transportavam durante os rituais importantes. Durante cerimônias religiosas importantes como o Inti Raymi, Illapa tinha uma quota de animais sacrificados (geralmente lhamas), igual a de Viracocha, o deus Sol.

Arte de Cristian Bernales
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18 de março de 2016

Vellamo

۞ ADM Sleipnir

Arte de Tero Porthan

Vellamo (também conhecida como Wellamo) é a deusa das águas na mitologia finlandesa. Seu nome é derivado da palavra finlandesa velloa, que significa  "movimento de águas e ondas". Seu consorte é o deus marinho Ahti, com quem vive num castelo chamado Ahtola, localizado no fundo do mar, e onde ela mantém uma criação de vacas mágicas. Às vezes, durante a névoa da manhã, ela traz suas vacas para a superfície para comerem feno e água. 

Vellamo é dita ser alta e bela, possuindo longos fios de cabelo que fluem de sua cabeça até a cintura. Ela controla as ondas, as tempestades e também pode controlar os ventos para ajudar os marinheiros. Ela também é muito respeitada pelos pescadores, que rezam para ela para obterem boa sorte em sua pescaria. 

Ás vezes descrita como sendo uma deusa de coração frio, Vellamo é na verdade uma deusa sedutora, com um enorme talento para manipular homens e deuses por meio de casos amorosos. 

Arte de Cami Vilpas
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16 de março de 2016

Zlatorog (Goldhorn)

۞ ADM Sleipnir

Arte de Nahuel Brezik Gauna

Zlatorog, Goldhorn ou ainda Goldenhorn ("Chifre de Ouro") é uma besta mítica presente no folclore esloveno. Ele é descrito como um antílope ou bode selvagem branco e dotado de um par de chifres de ouro. De acordo com a lenda, ele habita o Monte Triglav, e lá ele guarda um tesouro escondido em um jardim celestial localizado no pico do monte,  cujo as chaves de acesso são os chifres dourados do mesmo.

Uma lenda conta sobre um jovem e bravo caçador do Vale Trenta que havia se apaixonado por uma bela moça, e que conseguiu conquistá-la presenteando-a com as mais belas flores que conseguiu encontrar. No entanto, um rico mercador de Veneza que passava pelo vale veio até ela e ganhou sua atenção, dando-lhe jóias de ouro e dançando com ela. Depois disso, ao se aproximar novamente da moça, ela zombou dele e das flores que ele havia lhe dado. Desnorteado, o jovem caçador deixou o local. 

Persuadido por outro caçador, conhecido como "Caçador Verde", que diziam ter o dom de revelar o destino de vários rapazes honestos, o jovem decidiu ir naquela mesma noite ao Monte Triglav em busca do Zlatorog, com a esperança de pôr as mãos em seu tesouro e assim reconquistar sua amada. O jovem e o Caçador Verde passaram a noite toda procurando pelo Zlatorog, mas sem nenhum sucesso. Na manhã seguinte, porém, o jovem acabou ficando cara-a-cara com a criatura. O jovem atirou várias vezes contra o Zlatorog, mas somente um dos tiros o atingiu.



Mesmo ferido, Zlatorog conseguiu fugir, arrastando-se até uma borda estreita e rochosa do monte. Enquanto perseguia Zlatorog, o jovem viu em uma trilha perigosa uma das mais belas flores que já tinha visto na vida. Ele lembrou que o Caçador Verde havia lhe alertado para que capturasse Zlatorog antes que ele pudesse comer uma dessas flores, pois elas possuíam um grande poder curativo, e haviam nascido do próprio sangue do Zlatorog.

Apesar do alerta, já era tarde para o jovem caçador fazer algo. Zlatorog já havia comido uma das flores, e logo recuperou toda a sua força e vitalidade. Ele correu em direção ao jovem caçador, que cegado pelo brilho dos chifres de ouro de Zlatorog, perdeu o equilíbrio e caiu do alto do monte. Seu cadáver voltou ao Vale Trenta, trazido pelo rio Soca

A figura de Zlatorog é bastante popular na Eslovênia, e é comum encontrar estátuas suas pelo país. A imagem abaixo mostra uma dessas estátuas, localizada no Lago Jasna, com o Monte Triglav ao fundo. Zlatorog também se tornou uma marca de cerveja produzida pela cervejaria eslovena Lasko. 


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14 de março de 2016

Ciápodes

۞ ADM Sleipnir



Os Ciápodes (do grego σκιαποδες, skiapodes, "pé de sombra"), monócolos (do grego μονοκωλοι, monokôloi, "de uma perna"), ou ainda monópodes são seres humanóides, geralmente considerados anões, com apenas uma perna grossa e centrada no meio do corpo, e um único e enorme pé.

Plínio, o Velho, em sua obra, Naturalis Historia, registrou relatos de viajantes que supostamente encontraram ciápodes ou apenas os avistaram. Plínio observa que os ciápodes foram primeiramente mencionados pelo historiador Ctésias em seu livro Indika (Índia), um registro da visão de persas da Índia, do qual hoje existem somente fragmentos. 

"Ele (Ctésias) fala também de outra raça de homens, que são conhecidos como Monocoli, que só têm uma perna, mas são capazes de pular com agilidade surpreendente. O mesmo povo é também chamado de Sciapodae, porque têm o hábito de deitar de costas, quando o calor é muito forte, e protegerem-se do sol com a sombra de seu pé.
Sugeriu-se que a lenda teria se originado da visão de iogues em posturas estranhas, ou de indianos com os pés inchados por elefantíase."
-Naturalis Historia, 7:2


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11 de março de 2016

Attorcroppe

۞ ADM Sleipnir


Attorcroppe (lit. "pequena cabeça envenenada"; alternativamente chamado de Attercroppe, lit. "aranha") é uma espécie de fada maligna e nociva aos humanos, pertencente ao folclore saxão. Assemelha-se a uma pequena serpente com braços e pernas humanos. Attorcroppes vivem perto de rios e em florestas, onde geralmente vivem outras espécies de fada. 

De hábitos noturnos, Attorcroppes tendem a dormir durante o dia em pequenos buracos no subsolo. Ao avistarem seres humanos, eles partem de imediato para o ataque com sua peçonha. que geralmente é certeiro, a menos que o alvo note o ataque e seja rápido o suficiente para tentar distraí-lo e então fugir. A melhor maneira de distrair um Attorcroppe é atirar um objeto incomum ou brilhante em sua direção, o que deve dar à pessoa um poucos segundos para sair apressadamente da área.


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9 de março de 2016

Lix Tetrax

۞ ADM Sleipnir



Lix Tetrax é um anjo caído / demônio dos ventos citado no texto apócrifo Testamento de Salomão. O termo Lix é um termo grego referente à terra, enquanto Tetrax parece se referir as 4 estações do ano. Seu nome foi identificado com o nome efésio ligado ao vento, encontrado em uma tabuleta de Creta.

De acordo com o apócrifo, Salomão convoca Lix Tetrax por intermédio de Belzebu, afim de que o auxiliasse na construção de seu templo. Ele surge de maneira bastante pomposa diante de Salomão, exibindo suas habilidades em manipular o vento, porém Salomão logo trata de selá-lo com o seu anel mágico. Uma vez controlado, Lix Tetrax foi interrogado por Salomão acerca de suas atividades, e o mesmo respondeu:

"Eu crio divisões entre os homens, eu faço turbilhões, eu inicio incêndios, eu ponho fogo nos campos, e torno as famílias não-funcionais. Normalmente, eu fico ocupado durante o verão. Se eu tiver a chance, eu deslizo sob os cantos de casas durante o dia ou noite. Eu sou a descendência direta do Grande."
- Testamento de Salomão 7: 5

Não se sabe quem é "o Grande". Especula-se que seja uma referência a Belzebu ou até mesmo à deusa Ártemis, que era conhecida como "A Grande" e referenciada pelo Testamento de Salomão em uma passagem posterior.

Após terminar de ser interrogado por Salomão, Lix Tetrax recebe de Salomão a tarefa de levantar pedras enormes e levá-las até o topo do templo, onde os trabalhadores iriam fixá-las.


fontes:
  • deliriumsrealm.com
  • Livro The Encyclopedia of Demons and Demonology, de Rosemary Ellen Guiley; 
  • Livro Segredos Da Bíblia Perdida, de Kenneth Hanson. 

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7 de março de 2016

Ogum

۞ ADM Sleipnir

Arte de André Mantoano

Na mitologia iorubá e também no vodu haitiano, Ogum (ou Ogun, Ogou, Ogoum) é um orixá/loa, senhor do fogo, da metalurgia, da caça, da política e da guerra. Ele é o patrono dos ferreiros, e geralmente é exibido com um número de atributos: um facão ou sabre, rum e tabaco. 

Tradicionalmente um guerreiro, Ogum é visto como uma poderosa divindade dos trabalhos em metal, semelhante à Ares e Hefesto na mitologia grega e Visvakarma na mitologia hindu. É representado, no Brasil, como São Jorge; como tal, é poderoso e triunfal, mas também exibe a raiva e destrutividade do guerreiro, cuja força e violência pode virar contra a comunidade que ele serve. Dá força através da profecia e magia, e é procurado para ajudar as pessoas a obter mais um governo que dê resposta às suas necessidades.

Família

Ogum é filho de Iemanjá e Odudua, e irmão de Xangô, Oxóssi e Exu. Na mitologia iorubá, ele é marido de Oxum Oyá/Iansã, enquanto na mitologia vodu, ele é um dos maridos de Erzulie

Arte de Bonnybellz

Lendas

Ogum dá ao homem o segredo do ferro

Na Terra criada por Obatalá, em Ifé, os orixás e os seres humanos trabalhavam e viviam em igualdade. Todos caçavam e plantavam usando frágeis instrumentos feitos de madeira, pedra ou metal mole. Por isso o trabalho exigia grande esforço. Com o aumento da população de Ifé, a comida andava escassa. Era necessário plantar uma área maior.

Os orixás então se reuniram para decidir como fariam para remover as árvores do terreno e aumentar a área de lavoura. Ossain, o orixá da medicina, dispôs-se a ir primeiro e limpar o terreno. Mas seu facão era de metal mole e ele não foi bem sucedido. Do mesmo modo que Ossain, todos os outros Orixás tentaram, um por um, e fracassaram na tarefa de limpar o terreno para o plantio. Ogum, que conhecia o segredo do ferro, não tinha dito nada até então. Quando todos os outros Orixás tinham fracassado, Ogum pegou seu facão, de ferro, foi até a mata e limpou o terreno. Os Orixás, admirados, perguntaram a Ogum de que material era feito tão resistente facão. Ogum respondeu que era o ferro, um segredo recebido de Orunmilá. Os Orixás invejaram Ogum pelos benefícios que o ferro trazia, não só à agricultura, como à caça e até mesmo à guerra.

Por muito tempo os Orixás importunaram Ogum para saber do segredo do ferro, mas ele mantinha o segredo só para si. Os Orixás decidiram então oferecer-lhe o reinado em troca do que ele lhes ensinasse tudo sobre aquele metal tão resistente. Ogum aceitou a proposta. Os humanos também vieram a Ogum pedir-lhe o conhecimento do ferro. E Ogum lhes deu o conhecimento da forja, até o dia em que todo caçador e todo guerreiro tiveram sua ança de ferro. Mas, apesar de Ogum ter aceitado o comendo dos Orixás, antes de mais nada ele era um caçador. Certa ocasião, saiu para caçar e passou muitos dias fora numa difícil temporada. Quando voltou da mata, estava sujo e maltrapilho. Os Orixás não gostaram de ver seu líder naquele estado. Eles o desprezaram e decidiram destituí-lo do reinado. Ogum se decepcionou com os Orixás, pois, quando precisaram dele para o segredo da forja, eles o fizeram rei e agora dizem que não era digno de governá-los. Então Ogum banhou-se, vestiu-se com folhas de palmeira desfiadas, pegou suas armas e partiu. Num lugar distante chamado Irê, construiu uma casa embaixo da arvore de Acoco e lá permaneceu. Os humanos que receberam de Ogum o segredo do ferro não o esqueceram. Todo mês de dezembro, celebravam a festa de Uidê Ogum. Caçadores, guerreiros, ferreiros e muitos outros fazem sacrifícios em memória de Ogum. Ogum é o senhor do ferro para sempre.


Ogum torna-se o rei de Irê

Quando Odudua reinava em Ifé, mandou seu filho Ogum guerrear e conquistar os reinos vizinhos. Ogu, destruiu muitas cidades e trouxe para Ifé muitos escravos e riquezas, aumentando de maneira fabulosa o império de seu pai. Um dia, Ogum lançou-se contra a cidade de Irê, cujo povo o odiava muito. Ogum destruiu tudo, cortou a cabeça do rei de Irê e a colocou num saco para dá-la a seu pai. Alguns conselheiros de Odudua souberam do presente que Ogum trazia para o rei seu pai. Os conselheiros disseram a Odudua que Ogum desejava a morte do próprio pai para usurpar-lhe a coroa. Todos sabem que um rei deve ver a cabeça decaptada de outro rei. Ogum não conhecia esse tabu. Odudua imediatamente enviou uma delegação para encontrar Ogum fora dos portões da cidade. Após muitas explicações, Ogum concordou em entregara cabeça do rei de Irê aos mensageiros de Odudua. O perigo havia acabado. Ogum fora encontrado antes de chegar ao palácio de seu pai. Como Odudua queria recompensar o seu filho mais querido, presenteou Ogum com o reino de Irê e todos os prisioneiros e riquezas conquistadas naquela guerra.

Assim Ogum tornou-se o Onirê, o rei de Irê.

Ogum livra um pobre de seus exploradores

Um pobre homem peregrinava por toda parte, trabalhando ora numa, ora noutra plantação. Mas os donos da terra sempre o despediam e se apoderavam de tudo o que ele construía. Um dia esse homem foi a um babalawo, que o mandou fazer um ebó na mata. Ele juntou o material e foi fazer o despacho, mas acabou fazendo tal barulho que Ogum, o dono da mata, foi ver o que ocorria. O homem, então, deu-se conta da presença de Ogum e caiu a seus pés, implorando seu perdão por invadir a mata. Ofereceu-lhe todas as coisas boas que ali estavam. Ogum aceitou e satisfez-se com o ebó. Depois conversou com o peregrino, que lhe contou por que estava naquele lugar proibido. Falou-lhe de todos os seus infortúnios. Ogum mandou que ele desfiasse folhas de dendezeiro, mariwo, e as colocasse nas portas das casas de seus amigos, marcando assim cada casa a ser respeitada, pois naquela noite Ogum destruiria a cidade de onde vinha o peregrino. Seria destruído até o chão. E assim se fez.

Ogum destruiu tudo, menos as casas protegidas pelo mariwo.

Arte de Raphael Slinka

Ogum e Oyá

Oyá vivia com Ogum antes de ser mulher de Xangô. Ela ajudava Ogum no seu trabalho, carregava seus instrumentos, manejava o fole para ativar o fogo da forja. Um dia Ogum deu a Oyá uma vara de ferro, igual a que lhe pertencia, que tinha o poder de dividir os homens em sete partes e as mulheres em nove partes caso estas as tocassem em uma briga.

Xangô gostava de sentar-se perto da forja para apreciar Ogum bater o ferro, e sempre lançava olhares a Oyá; ela por sua vez, também lançava olhares a Xangô. Xangô era muito elegante, seus cabelos eram trançados, usava brincos, colares e pulseira. Sua imponência e seu poder impressionaram Oyá. Um dia Oyá e Xangô fugiram e Ogum lançou-se em perseguição deles. Ao encontrar os fugitivos, Ogum brandiu sua vara mágica e Oyá fez o mesmo. Ao se enfrentarem, as duas varas acabaram se tocando, e assim Ogum foi dividido em sete partes e Oyá em nove partes.

Ogum chama a Morte para ajuda-lo numa aposta com Xangô

Ogum e Xangô nunca se reconciliaram. Vez por outra digladiavam-se nas mais absurdas querelas. Por pura satisfação do espírito belicoso dos dois. Eram, os dois, magníficos guerreiros. Certa vez Ogum propôs a Xangô uma trégua em suas lutas, pelo menos até que a próxima lua chegasse.

Xangô fez alguns gracejos, Ogum revidou, mas decidiram-se por uma aposta, continuando assim sua disputa permanente. Ogum propôs que ambos fossem a praia e recolhessem o maior número de búzios que conseguissem. Quem juntasse mais, ganharia. e quem perdesse daria ao vencedor o fruto da coleta. Puseram-se de acordo. Ogum deixou Xangô e seguiu para a casa de Oiá, solicitando-lhe que pedisse a Iku que fosse à praia no horário que tinha combinado com Xangô. Oiá aquiesceu, mas exigiu uma quantia em ouro como pagamento, que recebeu prontamente. Na manhã seguinte, Ogum e Xangô apresentaram-se na praia e imediatamente o enfrentamento começou.Cada um ia pegando os búzios que achava. Vez por outra se entreolhavam. Xangô cantarolava sotaques jocosos contra Ogum. Ogum, calado, continuava a coleta. O que Xangô não percebeu foi a aproximação de Iku. Ao erguer os olhos, o guerreiro deparou com a morte, que riu de seu espanto.Xangô soltou o saco da coleta, fugindo amedrontado e escondendo-se de Iku. À noite Ogum procurou Xangô, mostrando seu espólio. Xangô, envergonhado, abaixou a cabeça e entregou ao guerreiro o fruto de sua coleta.

Estes são os principais mitos envolvendo Ogum. Se quiserem ler mais algumas lendas e histórias envolvendo o orixá, indico este site: http://www.vetorial.net/~rakaama/lo-ogum.htm.

Arte de Rodolfo Carvalho


fonte (lendas):
  •  Livro Mitologia dos Orixás, de Reginaldo Prandi
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4 de março de 2016

Laelaps

۞ ADM Sleipnir

Laelaps (grego Λαῖλαψ Lailaps, "vento de tormenta", também chamado de Lélape) era um cão mágico presente na mitologia grega, do qual nenhuma presa era capaz de escapar. De acordo com a lenda, ele foi dado por Zeus de presente para Europa e, posteriormente, foi dado de presente a um de seus filhos, o rei Minos de Creta.

Sendo filho de Zeus, Minos tinha o mesmo dom de seu pai em ter amantes. Cansada de ver seu marido se deitando com outras mulheres, sua esposa Pasífae lançou-lhe uma maldição, que fazia com que escorpiões e serpentes nascessem de seu corpo sempre que ele copulasse com outra mulher, que por sua vez acabava morrendo. De acordo com o Pseudo-Apolodoro, Minos veio a ter um caso com Prócris, filha de Erecteu e esposa de Céfalo, que antes já havia sido flagrada pelo marido  em pleno ato sexual com Pteleon, e havia fugido para Creta quando foi descoberta. Minos ofereceu a ela Laelaps e também uma flecha que jamais errava o alvo e esta, em troca, ofereceu a ele uma erva mágica que permitiria que fossem para cama. No entanto, temendo a ira de Pasífae, Prócris retornou para Atenas, onde se reconciliou com Céfalo e lhe deu de presente Laelaps e a flecha. 

A caça à Raposa Teumessiana

A Raposa Teumessiana era uma raposa gigante, protegida por Poseidon, e enviada à Tebas, como castigo por algum crime ou ofensa não especificada cometido contra ele. Ela era uma verdadeira besta sanguinária, que além de espalhar o terror e a destruição por onde quer que passava, possuía um dom divino que a tornava impossível de ser capturada por qualquer homem ou animal. Seguindo a orientação de um oráculo, os tebanos entregavam a raposa todos os meses uma criança do sexo masculino para que ela a devorasse, mas este era um recurso cruel e que no fim das contas não resolvia o problema.

Creonte, o rei de Tebas naquela época, resolveu delegar a impossível tarefa de capturar a raposa à Anfitrião (marido de Alcmena, mãe de Héracles), que vivia exilado em Tebas, prometendo ajudá-lo a vingar seus irmãos caso ele fosse capaz de cumprir a tarefa. Após várias tentativas sem sucesso, Anfitrião recebe a ajuda de Céfalo, rei de Atenas, que lhe cedeu o cão mágico Laelaps para auxiliá-lo na caça. 


Assim que farejou o cheiro da raposa, Laelaps partiu em sua caçada, e então, deu-se início a uma paradoxo divino. A raposa não podia ser capturada e Laelaps nunca perdia sua caça, e esse paradoxo era um verdadeiro problema, não só para Anfitrião e a cidade de Tebas, mas também para os deuses. Se Laelaps conseguisse pegar a raposa, seria como se a palavra das Moiras, as deusas do destino, estivesse errada. Além disso, Tebas poderia ser castigada por Poseidon, que era o protetor da raposa. Por outro lado, se Laelaps não conseguisse capturar a raposa, seria como se seu dom não valesse de nada, e traria a tona a ira de Zeus, que certamente iria exigir a vitória de Laelaps.

Após muita reflexão, Zeus encontrou uma solução para o impasse, que foi aceita por todos. Ele transformou tanto Laelaps quanto a raposa em estátuas de pedra. De acordo com outra versão, ele os transformou em constelações: Laelaps se tornou a constelação de Cão Maior, e a Raposa Teumessiana a constelação de Cão Menor.


fontes:
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2 de março de 2016

Akashita

۞ ADM Sleipnir

Akashita (赤舌; literalmente "língua vermelha") é um yokai do folclore japonês. Ele é descrito como sendo uma besta com garras, uma cara peluda e uma língua enorme, com quase todo o seu corpo escondido em meio a nuvens negras. Ele é um dos yokais descritos na obra Gazu Hyakki Yakō (鳥山石燕 画図百鬼夜行, "A Ilustrada Parada Noturna de Cem Demônios"), de Toriyama Sekien.

Akashitas são vistos como portadores de má sorte, porém, são principalmente conhecidos como seres punidores em disputas de fazendeiros por água. Como é necessário muita água para manter os arrozais inundados, os terrenos agrícolas japoneses estão entrelaçados a uma série complexa de aquedutos e canais interligados, destinados a fornecer água a todos os agricultores de forma igualitária. Em tempos de seca, no entanto, fazendeiros maus podem abrir as comportas e drenar a água do seu vizinho para o seu próprio campo. Este crime grave pode custar a uma família a sua subsistência, e quando descobertos, os fazendeiros geralmente enfrentam a ira violenta de seus vizinhos.

Ladrões de água que acabaram não sendo pegos podem achar que saíram impunes de seu crime, mas é para estes que o Akashita irá aparecer. Ele irá drenar toda a água do arrozal , acabando assim com toda a cultura de arroz, e no fim irá engolir o fazendeiro criminoso arrebatando-o com a sua longa língua vermelha.

Arte de CristianAC


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Ruby