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30 de abril de 2015

Hiperbórea

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Hiperbórea, ou País dos Hiperbóreos (em grego antigo, Ὑπερϐόρεοι, Hyperbóreoi, "acima do Vento Norte"), é um reino mítico, que segundo a mitologia grega, ficava localizado no extremo norte, para além do local de onde sopra Bóreas, o Vento Norte e que era inteiramente devotado a Apolo. Seus habitantes eram os hiperbóreos, uma raça abençoada com vida longa e livre de guerras, de trabalho duro e das implicações da velhice e das doenças. Em Hiperbórea, o sol era dito resplandecer 24 horas por dia, proporcionando para os seus habitantes uma primavera eterna.

Hiperbórea era geralmente descrita como uma terra continental, delimitada pelo rio Oceano ao norte e pelos míticos montes Rifeus (Rhipaion em grego, Riphaeus em latim, às vezes identificados com os Cárpatos) ao sul. Seu principal rio era o Erídano, que fluía para o sul, tirando suas águas diretamente do Oceano. O Erídano era margeado por álamos que produziam o âmbar e suas águas coalhadas de bandos de cisnes brancos. Abençoada por eterna primavera, essa terra produzia duas colheitas de trigo por ano, mas a maior parte do país era coberta de ricas e belas florestas, "o jardim de Apolo".

O sul do país era protegido pelos picos terrivelmente gelados dos quase impassáveis montes Rifeus. Esta era a morada de Bóreas, o deus do Vento Norte, cujo bafo gelado trazia o inverno a todas as terras ao sul - Cítia, Trácia, Ístria, Céltica, Itália e Grécia. Os picos das montanhas eram também o lar dos grifos e seus vales eram abitados pela feroz tribo dos arimáspios, de um só olho. Imediatamente ao sul estava Pteróforo, uma terra desolada, coberta de neve e amaldiçoada por um inverno eterno.

Hiperbórea era uma teocracia governada por três sacerdotes do deus Apolo, gigantes filhos de Bóreas e conhecidos como Boréades. Sua capital continha um templo circular dedicado ao deus onde hecatombes de asnos eram sacrificadas em sua honra. Esse povo musical também celebrava sua divindade com um constante festival de música, canções e danças, sobre o qual voavam em círculos os cisnes brancos hiperbóreos, juntando sua doce canção aos hinos a Apolo.

Mitos

Hiperbórea aparece em vários mitos. Um deles é a história de Faetonte, o jovem que tentou guiar a carruagem do sol, mas acabou perdeu o controle da mesma e foi fulminado por um raio de Zeus. Seu corpo em chamas caiu no rio Eridano, onde suas irmãs, as Helíades, se reuniram em luto e se transformaram em árvores de álamo derramando âmbar. Seu amigo Kyknos, aflito, pulou para dentro do lago de betume no qual Faetonte caiu, e foi transformado em um cisne. Hiperbóreos posteriormente saltaram neste mesmo lago e como eles estavam se aproximando da morte, foram transformadas em cisnes brancos que cantavam. Os cisnes migraram para o rio lídio Kaystros e outros lugares no sul, mas mantiveram-se mudos para além de sua terra natal.


O herói grego Perseu viajou para Hiperbórea e foi atendido por seu povo quando ele foi em busca de algumas ninfas que guardavam tesouros dos deuses, e das Gréias, que poderiam revelar a localização de Medusa.

Héracles visitou Hiperbórea em duas ocasiões diferentes. A primeira delas foi durante a execução de seu 4º trabalho: a busca pela corça de Cirinéia, que durante a perseguição fugiu em direção ao norte através da Ístria (a terra do rio Istra, atual Danúbio), chegando ao país dos hiperbóreos. Ao chegar lá, Héracles é benevolamente acolhido pela deusa ÁrtemisA segunda vez foi quando Héracles procurou o titã Atlas para obter as maçãs de ouro das Hespérides. O titã segurava a abóbada do céu no alto em Hiperbórea sob o eixo celeste em torno do qual as constelações giravam (versões posteriores desta história situam Atlas no noroeste da África). 

Segundo Diodoro da Sicília, Leto, a mãe de Apolo, seria uma hiperbórea que veio do extremo Norte para a ilha de Delos, a fim de dar à luz Apolo e Ártemis, mas os objetos sagrados apolíneos eram originários da ilha. Conta-se também que duas jovens hiperbóreas, Arges e Ópis, acompanharam Ilítia e Leto até a ilha de Delos, trazendo presentes para a primeira, a fim de que permitisse o nascimento de Ártemis e Apolo. Relata-se que até mesmo o primeiro de todos os oráculos foi fundado na ilha pelo profeta de Apolo, o hiperbóreo Ólen, que teria introduzido na redação dos mesmos o verso hexâmetro.

Outras histórias ligam os Hiperbóreos a fundação de vários santuários religiosos importantes da Grécia antiga. O principal santuário relacionado aos Hiperbóreos era o oráculo de Apolo em Delfos. O segundo dos templos construídos ao deus foi dito ter sido construído por dois peregrinos hiperbóreos, utilizando cera de abelha e penas de cisnes. Quando o exército dos gauleses tentou invadir o templo em tempos históricos, o fantasma desses dois surgiram e afugentaram os inimigos.

Talvez o mais famoso profeta hiperbóreo era um homem chamado Abaris, que recebeu uma flecha mágica do deus Apolo, e ele a usava para voar ao redor do mundo realizando milagres. Alguns dizem que esta flecha foi a mesma que Apolo usou para matar os cíclopes, e ele a teria escondido debaixo de uma montanha Hiperbórea.



fontehttp://www.theoi.com/Phylos/Hyperborea.html
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4 comentários:

  1. Adoro o blog, acesso todo dia varias vezes ao dia. Gostaria de dar uma opinião. Pode ser que seja só comigo, mas a fonte vermelha sobre o fundo preto ( no meu caso) fica um pouco incomodo de ler. Parabéns pelo blog!!!

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  2. Boa tarde, adorei o texto.
    Meu problema também foi a cor da fonte.
    Gratidão

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  3. Muito bom o Blog... mas... mude a fonte, por favor...

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  4. Realmente, essa fonte cansa os olhos afffffff!

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