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15 de abril de 2014

Shu

۞ ADM Sleipnir


Shu (SuChu) é o deus da luz e do ar na mitologia egípcia, e também a personificação da atmosfera da Terra. Como o deus da luz, ele iluminou a escuridão primordial e marcou a separação entre o dia e a noite e entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos. Como o deus do ar, ele representava o espaço entre a terra e os céus, e deu o sopro da vida para todas as criaturas. Como um deus do vento, era invocado pelos marinheiros para fornecer-lhes bons ventos para mover os seus barcos. As nuvens eram consideradas seus ossos, e ele suporta a escada pela qual as almas das pessoas falecidas podem alcançar os céus.

Shu é um dos membros da Enéade de Heliópolis, e o primeiro deus a ser criado pelo auto-criado deus Atum-Rá, que o criou a partir de sua própria saliva (outras fontes afirmam que ele nasceu após Atum se masturbar sobre Nun). Shu é o marido e irmão da deusa Tefnut (umidade), e pai de Nut (céu) e Geb (terra). Geb e Nut eram fascinados um pelo outro, e permaneciam unidos fazendo amor através de um abraço perpétuo. Shu, a pedido de seu pai, interveio nessa situação sustentando Nut acima dele, separando-a de seu irmão Geb. Assim Shu criou a atmosfera, permitindo que a vida florescesse. Quatro pilares localizados nos pontos cardeais do mundo ajudam Shu a manter a separação entre a terra e o céu. Eles eram conhecidos como os "Pilares de Shu".


Embora ele encarnasse a luz, e tivesse um aspecto solar, Shu não era estritamente uma divindade solar. No entanto, ele estava intimamente ligado ao deus do sol Atum-Rá. Ele protege o deus do sol do seu eterno inimigo Apep, enquanto ele viaja através do submundo, trazendo a luz do sol todas as manhãs.

Shu também foi pensado ser o segundo faraó divino, governando o Egito após Ra. No entanto, os seguidores de Apep tramaram sua queda e lançaram um ataque cruel contra ele. Embora Shu tenha derrotado Apep e seus servos, ele ficou gravemente doente devido ao contato com essas entidades corruptas. Em seu estado enfraquecido, seu próprio filho Geb voltou-se contra ele, e por isso ele teve que abdicar do trono, deixando Geb governar em seu lugar. Shu retornou aos céus para proteger o sol e travar sua guerra diária contra Apep. No entanto (em comum com muitas das divindades protetoras), Shu possui um lado sombrio. Ele participa do julgamento de cada alma morta no Salão da Justiça, e lidera os demônios terríveis que punem as almas consideradas corruptas pela balança.

Arte de Angelica Arfini

Representações

Shu é geralmente retratado como um homem vestindo um cocar composto de penas de avestruz, carregando um cetro (simbolizando poder) e um Ankh ( simbolizando o fôlego de vida). Em outras representações, Shu usa um cocar de uma única pena de avestruz (como a de Ma'at, representando o sopro da vida) ou  um disco solar na cabeça, devido a sua ligação com o deus-sol. As representações mais comuns mostram Shu em pé sobre o corpo de Geb com os braços erguidos para apoiar Nut. Quando ele é ligado com sua esposa Tefnut, ele frequentemente aparece como um leão, e os dois eram conhecidos como os "deuses leão-gêmeos". Representações em menor frequência lhe caracterizam com as partes traseiras de um leão e o corpo e a cabeça de um homem.

Mitos

Em um mito, Shu e Tefnut saem para explorar as águas de Nun. Ra pensou que eles tivessem se perdido, então enviou o seu "Olho" para encontrá-los. Quando eles voltaram, Ra ficou tão feliz que chorou, e com suas lágrimas criou os primeiros seres humanos. Outro mito afirma que o "Olho de Ra" (neste caso Tefnut) fugiu para a Núbia após um conflito com Ra. Thoth e Shu foram enviados para convencê-la a voltar para que pudesse proteger seu pai. Após Shu persuadir Tefnut à voltar com sucesso, ele se casou com ela.


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Ruby