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4 de dezembro de 2013

Yama

۞ ADM Sleipnir


Yama é o deus hindu da morte, fortemente caracterizado na mitologia japonesa, onde ele é muitas vezes referido como Enma Dai-O, e também na mitologia chinesa, onde ele é chamado Yan. Ele é geralmente caracterizado como um homem azul, montado em um enorme búfalo preto e segurando uma maça e um laço. Ele também pode ser caracterizado como um homem de cor verde, vestido de vestes vermelhas e usando uma coroa. Ele possui ainda dois cães, chamados Sharvara Syama, que guardam o caminho para o submundo e são descendentes dos poderosos cães que guardam o nobre rebanho de gado de Indra.
 
Yama aparece de formas diferentes para as pessoas boas e más. Para os ímpios, a sua aparência possui pernas enormes, com lábios finos, olhos ardentes tão profundos como o espaço, e cabelos em fogo ardente. Para os bons, ele aparece na forma de uma bela figura, semelhante à Vishnu, com quatro braços e olhos alegres. 


Yama e sua irmã gêmea, Yami, eram filhos do deus sol Surya e de Sanjana, filha do artesão divino Vishvakarma. De acordo com os Vedas, Yama foi o primeiro mortal a morrer e ter encontrado o caminho para o submundo. Por ele ter sido o primeiro ser a chegar ao submundo, ele recebeu o poder sobre todo o reino, assumindo o manto de senhor da morte. Nesse papel, ele é associado com o aspecto destruidor de Shiva.

Seu papel como governante do submundo

Yama governa o reino de Naraka, o submundo do hinduísmo. Como em muitas religiões ocidentais, o submundo é visto como um lugar de tormento, e não apenas um lugar para onde os mortos vão quando morrem. Yama aplica a punição correta aos mortos, de acordo com os pecados que eles cometeram em vida. Os tormentos de Naraka são muitos e horríveis, incluindo ser queimado com banhos de óleo fervente, e ser chicoteado incessantemente com uma planta espinhosa.


Embora seja o controlador do submundo, Yama ainda está subordinado aos maiores controladores de todos, Shiva e Vishnu. Yama é chamado de Kala ("tempo"), enquanto Shiva é chamado de Mahakala ("o maior dos tempos"). Uma história achada no Bhagavata Purana mostra a subordinação de Yama à Vishnu. Um homem chamado Ajamila cometeu muitas maldades durante a sua vida tais como roubar, abandonar sua esposa e seus filhos, e ter desposado uma prostituta. No momento da sua morte ele involuntariamente evoca o nome de Narayana (o nome sânscrito de Vishnu) e atinge o moksha (libertação do ciclo do renascimento e da morte e à iluminação espiritual), ficando a salvo dos mensageiros de Yama. Embora Ajamila estive na verdade pensando em seu filho mais novo, o nome de Narayana tem um efeito poderoso, e assim Ajamila foi libertado dos seus grandes pecados.


Ao contrário de muitos conceitos ocidentais de Inferno, no entanto, Yama aplica a sua justiça na tentativa de purificar a alma. Depois de um determinado período de tempo a sofrer tais horrores, a alma é considerada expurgada, e pode então ser enviada de volta para o mundo para renascer, ou adiante em direção ao paraíso (Swarga). Neste sentido, Naraka se assemelha bastante ao conceito cristão do Purgatório. Embora Yama não tenha poder sobre o paraíso da mesma forma como ele tem sobre Naraka, ele pode enviar pessoas para lá. Yama possui um assistente chamado Chitragupta, que é responsável por registrar a vida de cada mortal na terra, relatando todas as boas e más ações que realizaram. Após a morte da pessoa, Chitragupta conta a Yama onde eles pertencem, seja o paraíso ou um dos Infernos.

Diferentemente do conceito cristão do Inferno, que possui um governante que é a personificação do mal absoluto, Yama é encarado como uma figura necessária, e até mesmo boa. Ele é o árbitro supremo da justiça no mundo, e garante que as pessoas malignas sejam punidas por seus atos, mas também as ajuda a reverem esses atos perversos, para que elas possam se purificar e assim finalmente possam residir no paraíso.

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3 comentários:



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